junto às tuas mãos frias.
Trovejava e meu peito pulava,
só, pelos dias a morrer.
Meu medo a cada ruído
Cheirava tua espera.
E tu, a arder no alto
Clamavas meu nome, roucamente.
Trovejava e meus dedos,
a sonhar-te luz, em vão,
Temiam, só, pálidos
no escuro do silêncio, a dormir.
Eu trovejava e te engolia.
Antigo crime meu, asco.
Depois chovi e te cuspi,
Chuva leve, a semear rosas.