Cada gole era um
gosto de sombra,
Um lugar deserto,
Um navegar de
ilusões sombrias
sob um copo vago de
paixões
Um copo qualquer de
desespero
com gosto seco de
ilusão fria,
descendo sob meus
devaneios acesos.
Um novo gole de
saudade.
A vontade
de quebrar o copo
é tão intensa
quanto
a de admirá-lo.
E eu ainda sofro,
pelos gostos das
sombras,
pelas saudades
sombrias, até
a urgência dos
goles me afogar.
Até teu segredo me
cegar,
Meu sossego
m'abandonar, até
que minha respiração
vai se despedaçando...
E eu finalmente
adormeço.