A altura dos prédios rouba minha visão
Os carros todos me prendem
E eu não me mexo, nem me enxergo
Quem sou eu aqui?
Que lugar é esse, cheio de fumaça
De pessoas e movimentos
De passos que eu não consigo acompanhar
De céu sem cores e árvores perdidas, esquecidas
Que lugar é esse, de tanto excesso
Cheio de olhares atentos e cansados
Olhares que não correspondem sorrisos
E onde está o sorriso?
Que pessoas são essas que eu nunca vi
Que vivem para o trabalho
Que correm para não perder o ônibus
Correm para não perder tempo
Correm para não perder dinheiro
Correm para (não) perder a vida
Será que alguém consegue me ver aqui?
Não, não há tempo para isso.
Ah, eu preciso ir embora
Antes que eu precise correr para viver
domingo, 23 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Mais uma vez
De novo te encontro e te quero
De novo te espero
Meu coração, de novo, pensa em viver
Um novo engano, de novo
De novo perco minhas noites de sono
Passo os dias sonhando,
o esquecer do mundo
De novo esqueço de mim
De novo, um novo beijo seu
Um novo amor, de novo
Um sonho novo
Um beijo novo, de novo
Eu, de novo,
Nova perdição, nova paixão
Um novo medo, uma nova ilusão
De novo, um novo novo.
De novo te espero
Meu coração, de novo, pensa em viver
Um novo engano, de novo
De novo perco minhas noites de sono
Passo os dias sonhando,
o esquecer do mundo
De novo esqueço de mim
De novo, um novo beijo seu
Um novo amor, de novo
Um sonho novo
Um beijo novo, de novo
Eu, de novo,
Nova perdição, nova paixão
Um novo medo, uma nova ilusão
De novo, um novo novo.
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