domingo, 24 de outubro de 2010

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E toda vez que ela precisasse do alguém
Que a razão decidisse abandoná-la
E a carência e o vazio gritassem de dentro do peito
Toda vez que ela quisesse falar as coisas do coração
E assim sendo senti-lo aquecer-lhe o corpo inteiro

Ela corria para bem longe
A procura do vento e do frio
Ela corria a procura da calma e da paciência
E engolia aquilo tudo de uma só vez

Toda vez que ela suspirasse e buscasse a mais bela das lembranças
E o passado trazia um futuro bom
Um futuro que só ela sonhava
Ela olhava para o céu e se declarava todas as noites
Sonhando com o dia em que se declarava de verdade, olhos nos olhos

Era assim dias e noites
Toda vez
Então ela aprendeu a confortar-se com a fuga
E na fuga ela ase acalmava
Na fuga ela buscava a razão que calava o coração
E a fuga dizia para ela só esperar... e ela só esperava.

(AnaJuh)

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