domingo, 14 de novembro de 2010

58.

Tudo parecia tão distante
Tão quente e agitado e sem sentido
E sem pensar muito em como seria
Eu deixei o mundo
As pessoas, os deveres, a sociedade e até o juízo
Eu deixei o mundo
E criei um mundo
Criei meus sonhos, criei meu caminho
Criei meu destino e desenhei no passado
Escolhi meu teto e pintei meu céu
Não sei mais o que é certo ou errado
Não sei mais se o mundo é assim
Ou se é assim, para mim.
Sei que, aqui, distante de tudo,
É sem entender, sem saber e sem querer.
Que me escondo nesse mesmo mundo que criei,
Me protejo, me aqueço e me esqueço.
Me procuro, me desfaço e me refaço.
E das pessoas que passam,
há aquelas que param, observam
E algumas até refletem,
Mas todas,
abaixam a cabeça e continuo seguindo,
E eu,
Persisto.

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