terça-feira, 18 de novembro de 2014

A distância pousou
de leve sobre meu ser
Vou sendo, esquecendo
Desejando...
Uma última culpa.

Meu sorriso jogado na parede
Eu que não tive passado
Nem retrato
Nem apelo.

De resto,
uma infância fincada num
papel amassado

Agora vivo
Sobre um papel amassado
Implorando palavras
que me escapam
me encapam
e me quebram.

Palavras
que quebram-me ao meio
separo-me nas páginas
Que me restaram,
Num livro sem segredo.

Páginas
rasgadas
engadas, 
afogadas

Numa lágrima atrasada.

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