quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ponta-Pronta

A ponta aponta meu ser
num falso papel sem sentido
Paro. Me perco de novo
De novo, (me) perco minha perda

A ponta me espera e me encontra
intervalo sem ver meu viver
Paro. Penso e reparo
meu engano de tentar (me) ser

Sinto-me que não (me) sou
Sinto-me tanto que não (me) sei

A ponta desenha meus dizeres
Palavras desenham meus quereres
Escondo-me e (me) tento esconder
Me calo. Me espalho sem ser.

A ponta pronta.
Mania pronta, dúvida pronta
Eu-ponta.
Vida em conta e não conta.

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