quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ah, amor!


Ah, amor!
Por que és tão cruel?
És único, és incansável
E és necessário!

Ah, amor!
Por que mal posso entender-te
Mal posso pensar-te
E assim só resta calar-me.
E assim não sou mais o que sou.

Por ti, oh amor!
Consegues ver o estrago que causastes?
Amor, por ti, voei alto demais
Por ti, arrisquei minha vida, amor
E agora, aqui, caída
Sofro porque sofri e no entanto sofrestes

Ah, meu amor!
És cruel, estúpido e imperfeito
E das mil razões que tenho para odiar-te
Há só uma para amar-te, amor
Mas não falo
Porque não tenho palavras
Nem olho
Porque não tenho coragem

Eu fujo, amor!
Fujo porque eu não sabia
E agora sei
Fujo porque tenho medo
Medo do que sou capaz
E do que sou incapaz
E do que não sou!

Ah, amor!
Se me restasse uma palavra para dizer-te
Um pedido para pedir-te
Ou uma música para dedicar-te
(...)

Eu era ninguém
E pensei ser alguém
Agora sou ninguém
Com medo de ser alguém.

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