quinta-feira, 26 de abril de 2012
O que aconteceu foi que eu cheguei até aqui. O problema é
que eu não cheguei sozinha, e aliás não sei viver sozinha. Eu preciso de você.
E eu não faço nada por ti. Devo-lhe a minha vida e nem ao menos estou ao seu
lado. Dói em ti. Dói em mim. É isso que eu sei, que eu sinto e que eu sou. Dor.
Se fosse só eu, se fosse viver por mim, se fosse a só a minha felicidade e só a
minha vida. Seria menos difícil. Ah, eu penso por mim, eu penso por ti, e acabo
vivendo pra ninguém. Acabo sentindo tanto, tantas coisas. São tantos
sentimentos aqui dentro, nesse lugar já tão cansado e triste. Magoado. Mas pra
mim? Eu? Ah, eu não. Não, não quero nada. Pode ficar tudo pra você. Não quero
nada. Nem ninguém e nem a mim mesma. Nem quero vida. Nem rotina. Nem gosto e
nem desgosto. Nem desgraça. Mas pra você? Por você! Ah, por você quero tantas
coisas! Ah, pra você e por você quero ser alguém. Quero a mim mesmo. Quero a
minha vida que é tua. Quero fazer dela, o que eu jamais pensei que conseguisse
fazer. E nem acho que sou digna de conseguir, mas eu quero. E quero tudo. Quero
muito. Quero independente de qualquer outra coisa. Desejo. E o maior de todos
ele, agora, é somente encontrar-te.
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